BEBER ÁGUA DO MAR DESIDRATA. ENTÃO, COMO AS SERPENTES-MARINHAS MATAM A SEDE?
A cobra representada na pintura, é uma serpente-marinha, conhecida como serpente-marinha-de-barriga-amarela. Possui a cauda achatada, na forma de um remo, forma semelhante a nadadeira caudal de peixes, a cauda de baleias e de golfinhos. Trata-se de um caso de convergência adaptativa, quando organismos sem parentesco evolutivo próximo, apresentam características semelhantes, devido a exposição a pressões ambientais semelhantes. A seleção natural seleciona estas formas em muitos animais aquáticos. Para conseguirem gás oxigênio, migram periodicamente a superfície e, o obtém da atmosfera, como fazem outros vertebrados pulmonados aquáticos.
No entanto, viver no mar expõe os animais a outros desafios, como a hidratação. Quando os sais presentes na água do mar são absorvidos, os líquidos extracelulares tornam-se hipertônicos em relação ao líquido intracelular, favorecendo um fluxo de água por osmose para fora das células, desidratando-as. A sobrevivência só será possível se isto for evitado.
Como as serpentes marinham matam a sede?
Acreditava-se que as serpentes marinhas possuíam glândulas que eliminariam o excesso de sais minerais dos líquidos extracelulares. Porém, estudos não confirmaram a presença de tais estruturas. Recentemente, algumas pesquisas sugeriram que as serpentes marinhas poderiam estar se apoiando em uma estratégia comportamental para matar a sede. Ficariam longos períodos sem beber água, a espera de chuvas. Quando, elas ocorressem, migrariam para a superfície e beberiam a água doce da chuva, antes que ela se misturasse com a marinha. Mas, como sobreviveriam a uma temporada sem chuvas? Alguns cientistas sugerem que elas poderiam nestas épocas migrar, aproveitando as correntes marinhas, indo para locais chuvosos. Elas seguiriam a chuva.
