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QUE BICHO É ESTE?





É uma salamandra!


Há muita tempo que a salamandra mexicana axolote chama a atenção dos biólogos e aparece nas provas dos vestibulares.



As salamandras são animais do mesmo grupo dos sapos e cobras-cegas (anfíbios) e, como a maioria deles, nascem na água, mas após uma metamorfose, podem viver parte da fase adulta em ambiente terrestre úmido. É uma mudança e tanto. Envolve transformações nas estruturas locomotoras, respiratórias, circulatórias e nos órgãos reprodutivos, entre várias outras. Apesar de poderem viver na fase adulta no meio terrestre, os anfíbios geralmente vivem próximos a água e retornam ao meio aquático para a reprodução.


A metamorfose nos anfíbios é controlada por hormônios tireoidianos que possuem iodo na sua constituição. O iodo é obtido na água e nos alimentos consumidos pelas larvas. E, é neste ponto, que a axolote começa a chamar a atenção. Se faltar iodo no ambiente, as larvas permanecem no estágio larval, mas mesmo assim, amadurecem seu aparelho reprodutivo. Larvas machos e fêmeas passam a produzir seus gametas e são capazes de se reproduzir. Larvas se reproduzindo é muito raro. É processo reprodutivo chamado neotenia.


Outra característica interessante da axolote é a sua alta capacidade regenerativa. Elas são capazes de regenerar completamente a cauda, patas, e mesmo os olhos, medula espinhal e parte de seus cérebros. Tal capacidade regenerativa é incomum entre os vertebrados.


Visando entender seu mecanismo de regeneração, a axolote teve seu genoma sequenciado. Foram décadas de trabalho, pois ele se mostrou muito grande. O próximo passo é identificar os genes envolvidos com a regeneração, como são regulados e como as proteínas produzidas a partir deles agem. Os cientistas deslumbram a possibilidade de produzir curativos “inteligentes” capazes de ativar genes humanos semelhantes aos das salamandras, acelerando e melhorando nosso processo de cicatrização.


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