O QUE FAZER EM ACIDENTES COM ÁGUAS-VIVAS E CARAVELAS?
As águas vivas e caravelas (Physalia) são animais aquáticos marinhos* que podem causar grande sofrimento ao homem.
Como é típico dos animais do filo dos cnidários, eles possuem na superfície do seu corpo, especialmente, nos seus tentáculos, células de defesa, chamadas de cnidócitos ou cnidoblastos. Quando tocados, estas células se prendem a nossa pele e injetam por um filamento oco uma substância irritante e neurotóxica.
O local atacado fica muito dolorido, avermelhado e inchado, sendo necessário retirar a toxina do local. Isto, pode ser feito logo após o acidente com a água do mar. Deve-se evitar lavar o local com água doce, pois, ela estimula a liberação de mais toxinas pelas células urticantes (cnidócitos), ainda presas à pele. Outras medidas que devem ser evitadas após o acidente é esfregar o local com toalhas e urinar no local. É vai ter sempre alguém que vai sugerir isto!
Apesar de dolorosos, os acidentes, geralmente, não têm maiores consequências. Porém, em alguns casos, pode ocorrer problemas neurológicos, como, arritmias cardíacas, alterações vasculares, insuficiência respiratória e inibição da atividade muscular. Outra complicação grave é um choque anafilático, uma resposta imunológica exagerada, que pode impedir a respiração.
As águas vivas não são inimigos naturais do homem, a substância irritante é uma neurotoxina utilizada, principalmente, para facilitar a captura de outros animais, como, camarões e pequenos peixes, pois, age no sistema nervoso paralisando a atividade muscular. Imóveis as presas são facilmente capturadas.